A ação, descrita como uma "expansão óbvia da guerra" por Kiev, levou Bucareste a mobilizar caças F-16 e a convocar o embaixador russo para protesto formal.

No dia 13 de setembro, um drone russo penetrou cerca de 10 quilómetros em território romeno, operando no espaço aéreo da NATO durante aproximadamente 50 minutos antes de regressar em direção à Ucrânia. Em resposta, o Ministério da Defesa romeno enviou dois caças F-16 para monitorizar a situação e convocou o embaixador russo em Bucareste para apresentar um "veemente protesto" contra o que considerou uma ação "inaceitável e irresponsável".

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reagiu prontamente, afirmando que "isto não pode ser uma coincidência, um erro, ou a iniciativa de algum comandante de baixo nível.

Isto é uma óbvia expansão da guerra por parte da Rússia". A diplomacia russa, através da sua embaixada em Bucareste, negou qualquer envolvimento, classificando o incidente como uma "provocação deliberada do regime de Kyiv" com o objetivo de "atrair os países europeus para uma perigosa aventura militar".

O major-general Jorge Saramago descreveu estes eventos como "uma nova face da guerra a que não estávamos habituados", referindo-se à guerra híbrida.

A Alta Representante da UE, Kaja Kallas, também condenou a incursão, classificando-a como "inaceitável" e acusando Moscovo de provocar uma "escalada imprudente".

Este episódio, ocorrendo em sucessão ao da Polónia, reforçou a perceção de uma estratégia russa para testar as defesas e a unidade da Aliança Atlântica no seu flanco oriental.