Moscovo reitera a sua disponibilidade para o diálogo, mas considera as posições das duas partes irreconciliáveis no momento atual.
O porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov, argumentou que "do lado de Kyiv, o processo está a ser artificialmente abrandado.
Ninguém quer abordar a essência do conflito.
Os europeus estão a interferir no assunto".
Peskov insistiu que a Rússia permanece "aberta e pronta para o diálogo" e que está disposta a resolver a crise por "meios políticos e diplomáticos", mas denunciou que "não há flexibilidade na posição ucraniana".
As posições de ambos os lados parecem, de facto, distantes.
A Rússia exige a desmilitarização e rendição da Ucrânia, bem como a cedência das regiões que anexou (Crimeia, Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia).
Por outro lado, Kiev considera estas condições inaceitáveis e exige garantias de segurança dos aliados ocidentais.
As rondas de negociações anteriores, realizadas em Istambul, resultaram apenas em acordos para a troca de prisioneiros.
A situação diplomática deteriorou-se ainda mais após a cimeira entre Vladimir Putin e Donald Trump no Alasca, com o presidente russo a recusar-se a encontrar-se com Volodymyr Zelensky.
O próprio Zelensky, numa entrevista, afirmou que Putin garantiu a Trump que ocuparia o Donbass em "três e 4 meses", o que, para o líder ucraniano, demonstra as verdadeiras intenções de Moscovo, independentemente do que é dito publicamente.














