As manobras, realizadas perto das fronteiras da Polónia e da Lituânia, são vistas como uma demonstração de força e uma mensagem intimidatória para a NATO.
Os exercícios, que decorrem entre 12 e 16 de setembro, mobilizam cerca de 13.000 soldados russos e bielorrussos e ocorrem em campos de treino na Bielorrússia e no enclave russo de Kaliningrado, bem como nos mares Báltico e de Barents.
O Kremlin afirmou que as manobras "não são dirigidas contra ninguém" e visam apenas reforçar a cooperação militar.
No entanto, o foco dos treinos contradiz esta narrativa.
O líder bielorrusso, Alexander Lukashenko, indicou que o exercício se concentraria em operações de guerra nuclear, incluindo o uso do míssil balístico hipersónico de médio alcance Oreshnik, que a Rússia planeia instalar na Bielorrússia. O ministro da Defesa bielorrusso, Viktor Khrenin, declarou que o objetivo é "manter a credibilidade" da força de dissuasão nuclear conjunta.
A realização destes exercícios, apenas 48 horas após a violação do espaço aéreo polaco por drones russos, foi interpretada como uma provocação calculada.
Em resposta, a Polónia e a Lituânia enviaram tropas para as suas fronteiras.
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, afirmou que as manobras simulam a tomada do "Corredor Suwalki", uma faixa de terra estratégica que liga os países bálticos ao resto da NATO.














