Esta medida reflete uma estratégia de intensificação da pressão económica sobre Moscovo. A nova ronda de sanções, apresentada pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, e pela Alta Representante, Kaja Kallas, tem como um dos seus principais objetivos acelerar a eliminação progressiva das importações de gás natural liquefeito (GNL) russo, estabelecendo a meta de cessação total até 1 de janeiro de 2027. O pacote visa também dificultar a evasão das sanções existentes, proibindo transações que recorram a criptomoedas e visando instituições bancárias que facilitam o financiamento da máquina de guerra russa.
Uma das propostas mais significativas é a criação de um "empréstimo de reparações" para a Ucrânia. Este instrumento financeiro seria garantido pelos lucros gerados pelos ativos soberanos russos congelados na UE, estimados em centenas de milhares de milhões de euros. O comissário europeu da Economia, Valdis Dombrovskis, esclareceu que a medida não implica o confisco dos ativos em si, mas sim a utilização dos "saldos de caixa acumulados a partir desses ativos".
Esta iniciativa surge num momento em que os EUA também pressionam a Europa para cortar os laços energéticos com a Rússia, e visa, nas palavras de Dombrovskis, "aumentar a pressão sobre o agressor russo" e ajudar a Europa a "assumir a responsabilidade pela sua própria segurança".













