A Rússia está a intensificar as suas táticas de guerra híbrida na região do Mar Báltico, utilizando a interferência de sinais de GPS como uma arma para perturbar a aviação civil e testar as defesas europeias. Esta ação, que aumenta o risco de acidentes fatais, é vista como uma ameaça deliberada à segurança e estabilidade da região. As autoridades europeias, incluindo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, denunciaram o bloqueio sistemático de sinais de GPS em áreas que fazem fronteira com a Rússia, como o Mar Báltico. Estes ataques afetaram inúmeros voos comerciais, e até mesmo um avião que transportava a própria Von der Leyen.
A Oficina de Comunicações Eletrónicas da Letónia confirmou que as perturbações têm origem em três localizações permanentes na Rússia: Kaliningrado, Leningrado e Pskov.
A interferência, realizada através de técnicas de *jamming* (bloqueio de sinal) e *spoofing* (emissão de sinais falsos), obriga os pilotos a recorrer a sistemas de navegação alternativos e representa um perigo significativo para a aviação civil. Ursula von der Leyen acusou Moscovo de uma atitude perigosa, afirmando que "a Rússia parece disposta a aceitar a possibilidade de ocorrerem acidentes fatais a qualquer momento". Estes atos são enquadrados numa estratégia mais ampla de ataques híbridos e ciberataques que, segundo a líder europeia, "mostram claramente que as ambições da Rússia não se limitam à Ucrânia".
A situação está a levar a um reforço da coordenação entre os Estados-membros da UE para desenvolver uma dissuasão "forte e fiável" contra estas ameaças.
Em resumoA interferência deliberada nos sinais de GPS no Mar Báltico, atribuída à Rússia, constitui uma perigosa escalada na guerra híbrida contra a Europa. Ao perturbar a aviação civil e as infraestruturas críticas, Moscovo não só testa a resiliência da UE e da NATO, mas também demonstra um desrespeito pela segurança internacional, aumentando o risco de acidentes graves como parte da sua estratégia de desestabilização.