O incidente sublinha a vulnerabilidade das infraestruturas críticas europeias e levou a apelos urgentes para um reforço do investimento em segurança digital.

O ataque informático, ocorrido na noite de sexta-feira, visou a empresa Collins Aerospace, subsidiária do grupo de defesa norte-americano RTX, que é especializada no processamento de dados para o setor da aviação, incluindo sistemas de 'check-in' e embarque. A falha nos sistemas obrigou as operações a serem realizadas manualmente, resultando em longas filas, atrasos significativos e o cancelamento de centenas de voos. O aeroporto de Bruxelas foi um dos mais afetados, com dezenas de partidas e chegadas canceladas. Perturbações semelhantes foram registadas no aeroporto de Heathrow, em Londres, e no de Berlim-Brandemburgo. Embora nenhum grupo tenha reivindicado a autoria do ataque, a comissária europeia de Emergências, Hadja Lahbib, aproveitou o incidente para sublinhar a urgência de fortalecer a segurança digital na Europa.

"O ciberataque que paralisou aeroportos em toda a Europa demonstra a natureza real e complexa das ameaças atuais.

(...) Devemos investir para garantir que estamos prontos para qualquer eventualidade", afirmou, enquadrando o evento no contexto mais amplo das ameaças à segurança europeia.