Esta revelação expõe as dificuldades em aplicar eficazmente as sanções e a complexidade das cadeias de abastecimento globais que alimentam a máquina de guerra russa. Numa declaração recente, Zelensky afirmou que os mísseis, drones e bombas guiadas utilizados pela Rússia contêm "milhares de componentes - mais de 132.000 - provenientes de diferentes países", incluindo aliados ocidentais como a União Europeia, o Japão e os Estados Unidos, para além da China. Esta situação permite a Moscovo manter a sua produção de armamento em larga escala, apesar dos sucessivos pacotes de sanções destinados a paralisar a sua indústria de defesa.

"Todas essas tecnologias permitem à Rússia produzir armamento em larga escala, usado apenas para aterrorizar o nosso povo", lamentou o presidente ucraniano.

A denúncia de Zelensky serve como um apelo direto aos seus parceiros internacionais para que reforcem a fiscalização e apliquem sanções mais rigorosas contra qualquer entidade que ajude a Rússia a obter estas tecnologias críticas.

O líder ucraniano advertiu que, se não for travada, a capacidade militar russa tornar-se-á "inevitavelmente uma ameaça para os países da Europa e da região do Pacífico", sublinhando a urgência de cortar estas linhas de abastecimento tecnológico.