O incidente levanta suspeitas sobre um possível ataque híbrido russo e intensifica o debate sobre a vulnerabilidade do continente.

Os aeroportos de Kastrup (Copenhaga) e Gardermoen (Oslo) foram forçados a suspender todas as operações durante várias horas, causando o cancelamento e desvio de dezenas de voos.

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, classificou o incidente como um "ataque sério", inserido num "padrão de confrontação persistente" que inclui outras violações do espaço aéreo e ciberataques atribuídos à Rússia.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, culpou diretamente Moscovo pelo sucedido.

O Kremlin, através do seu porta-voz, Dmitri Peskov, rejeitou as acusações como "infundadas".

A liderança da União Europeia reagiu com preocupação. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que "as nossas infraestruturas críticas estão em risco" e prometeu que "a Europa vai responder a esta ameaça com força e determinação". O presidente do Conselho Europeu, António Costa, manifestou "total solidariedade da Europa" e sublinhou que a UE "deve ser capaz de proteger as suas infraestruturas críticas", indicando que o reforço da defesa comum será debatido na próxima cimeira informal.

Os serviços de informações dinamarqueses alertaram para uma "ameaça significativa de sabotagem" no país.