O comissário europeu da Defesa, Andrius Kubilius, sublinhou a urgência da medida: "Enfrentamos desafios claros: a Rússia está a testar a UE e a NATO e a nossa resposta deve ser firme, unida e imediata". O projeto envolverá inicialmente dez Estados-membros da linha da frente, como os países bálticos, a Polónia e a Finlândia, e contará com a "experiência inestimável da Ucrânia".

Em paralelo, a frente diplomática intensificou-se com a invocação do Artigo 4.º do Tratado do Atlântico Norte, que prevê consultas formais quando um membro considera a sua integridade territorial ou segurança ameaçada.

A Estónia solicitou também uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, a primeira em 34 anos de adesão, denunciando um "padrão de provocações russas". Estas ações conjuntas, tanto no plano tecnológico como no diplomático, assinalam uma mudança de postura da Europa, que passa de uma dissuasão passiva para uma estratégia de defesa mais ativa e integrada face ao que é percebido como uma ameaça direta e persistente.