O partido pró-europeu Ação e Solidariedade (PAS), da Presidente Maia Sandu, obteve uma vitória decisiva nas eleições legislativas da Moldova, garantindo mais de 50% dos votos e mantendo a maioria absoluta no parlamento. Este resultado é visto como uma forte afirmação do caminho europeu do país, apesar das acusações de uma campanha de interferência "sem precedentes" por parte da Rússia. A eleição foi marcada por um ambiente de alta tensão, com as autoridades moldavas e observadores internacionais a denunciarem uma vasta operação de desestabilização orquestrada por Moscovo. A chefe da missão de observadores da OSCE, a portuguesa Paula Cardoso, detalhou as táticas russas, que incluíram "desde os fundos ilícitos canalizados por redes de fachada até às implacáveis campanhas de desinformação, que minaram a confiança pública e geraram incidentes de cibersegurança concebidos para semear o caos". A Presidente Maia Sandu acusou o Kremlin de gastar "centenas de milhões de euros" para comprar votos e organizar a violência.
Apesar da pressão, o povo moldavo demonstrou "resiliência", como afirmou a Presidente: "Mostrámos ao mundo inteiro que somos corajosos e dignos, que não fomos intimidados".
A vitória foi celebrada pelos líderes europeus como um triunfo da democracia.
O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, salientou que "a vontade livre do povo em escolher o caminho europeu venceu as pressões e tentativas de ingerência".
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também reagiu, afirmando que "a Rússia não conseguiu desestabilizar a Moldova".
Por seu lado, o Kremlin criticou o processo eleitoral, lamentando que "centenas de milhares de moldavos" residentes na Rússia tenham sido privados da oportunidade de votar.