A discussão reflete a tensão crescente e a busca por uma estratégia de dissuasão eficaz face às provocações de Moscovo.

Questionado sobre se os países da NATO deveriam abater caças russos que entrassem no seu espaço aéreo, Donald Trump respondeu com um inequívoco "Sim". Esta posição foi secundada pelo secretário-geral da NATO, Mark Rutte, que declarou: "Se for necessário.

Então, concordo totalmente com o presidente Trump".

Estas declarações surgem numa altura em que se multiplicam as incursões russas.

No entanto, a perspetiva de uma resposta militar direta não é consensual.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu que a NATO deve "subir um nível" na sua resposta às provocações, mas sem necessariamente "abrir fogo".

Da mesma forma, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, apelou à contenção, alertando para a necessidade de não cair nas "armadilhas" de Putin, que, segundo ele, "quer provocar os países membros da NATO e quer identificar, expor e explorar as alegadas fraquezas da aliança". A Rússia, por sua vez, elevou o tom da ameaça.

O embaixador russo em França, Alexey Meshkov, advertiu que se a NATO abatesse um avião russo, a consequência seria clara: "Haveria guerra".

O Kremlin classificou as declarações sobre o abate de aeronaves como "extremamente irresponsáveis", enquanto nega que os seus voos violem as regras internacionais.