A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, defendeu que é necessária "uma solução mais estrutural para o apoio militar" e que este empréstimo, baseado nos ativos imobilizados, pode ser a resposta. A proposta estipula que o montante não seria desembolsado de uma só vez, mas em tranches associadas a condições, e que parte seria usada para aquisições na indústria de defesa europeia.
A mudança mais significativa veio de Berlim.
O chanceler alemão, Friedrich Merz, que anteriormente expressava ceticismo, publicou um artigo no Financial Times onde defendeu a medida, argumentando que permitiria "aumentar de forma sistemática e maciça os custos da agressão russa" e garantir a "resistência militar da Ucrânia durante vários anos".
Esta viragem alemã é crucial, dado o peso económico do país e o seu papel como maior doador europeu a Kiev.
No entanto, o plano enfrenta obstáculos políticos.
A Hungria, liderada por Viktor Orbán, opõe-se à medida, e as regras da UE exigem unanimidade em muitas destas decisões.
Fontes diplomáticas indicam que o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, está a liderar uma ofensiva diplomática para encontrar uma solução que permita contornar o veto húngaro, possivelmente alterando as regras de votação para permitir a aprovação por maioria qualificada em certas fases do processo de adesão e financiamento.














