No entanto, a medida é amplamente vista como uma tentativa de evitar o escrutínio internacional.

Relatores especiais da ONU já tinham alertado que a decisão levantava "sinais de alerta" sobre a situação nos locais de privação de liberdade na Rússia. A saída ocorre num contexto particularmente grave, com um relatório recente da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) a considerar a Rússia responsável por "graves violações" do direito internacional contra prisioneiros de guerra ucranianos. O documento da OSCE detalha abusos "generalizados e sistemáticos", incluindo "atos de tortura" e possíveis "execuções arbitrárias", que podem "equivaler a crimes de guerra e, em alguns casos, possivelmente a crimes contra a humanidade".

Ao abandonar o tratado, a Rússia encerra mais uma via de responsabilização e reforça as preocupações sobre o tratamento dos milhares de prisioneiros ucranianos sob seu controlo.