A repetida violação do espaço aéreo em países como Polónia, Roménia, Dinamarca e Alemanha, visando infraestruturas críticas e bases militares, gerou um estado de alerta máximo.

Especialistas consideram que as operações têm como objetivo recolher informações e testar os padrões de reação europeus, representando uma "ameaça a médio e longo prazo". Em resposta, a Alemanha anunciou que irá autorizar as suas forças armadas a abater estes dispositivos, uma medida que reflete a crescente seriedade da ameaça.

A crise motivou a convocação de uma cimeira europeia em Copenhaga, onde foi proposta a criação de um "muro de drones" para uma defesa aérea coordenada.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ofereceu a vasta experiência do seu país no combate a drones, enviando uma equipa militar à Dinamarca para exercícios conjuntos.

Em contrapartida, o presidente russo, Vladimir Putin, desvalorizou as preocupações europeias, classificando-as como "histeria" destinada a desviar a atenção de problemas internos.

Num tom irónico durante o fórum Valdai, Putin brincou com a possibilidade de atacar Lisboa, afirmando de seguida: "Se falarmos a sério, não temos drones que possam chegar a Lisboa. Temos alguns drones de longo alcance, mas não temos alvos lá".

Moscovo negou oficialmente qualquer envolvimento, com a sua embaixada em Copenhaga a descrever os incidentes como uma "provocação orquestrada".