As suas declarações, proferidas no fórum de discussão Valdai, surgem num momento em que os países europeus aumentam os seus investimentos em defesa em resposta à agressão russa na Ucrânia e às recentes provocações híbridas. Putin acusou os líderes europeus de impedirem uma solução para a guerra e de a "intensificarem continuamente", ao mesmo tempo que fomentam uma "histeria" sobre a ameaça russa para justificar o aumento das despesas militares e desviar a atenção dos problemas internos dos seus países.

Numa mensagem direta aos líderes da UE, o presidente russo instou-os a focarem-se nos seus próprios desafios.

"Sinceramente, apetece-me dizer: acalmem-se, durmam em paz, lidem finalmente com os vossos próprios problemas", declarou.

A retórica de Putin combina ameaças diretas com desdém, como quando se referiu ao exército alemão, que, segundo ele, a Alemanha quer tornar "o mais poderoso da Europa".

"Ouvimos com atenção, compreendendo o que isso significa.

Acho que ninguém duvida que tais medidas forçarão a Rússia a agir, e as contramedidas não tardarão a chegar", afirmou. Apesar da postura ameaçadora, insistiu que a Rússia "nunca iniciou um confronto militar" de forma independente, mas que responderá rapidamente se provocada.