Esta condição eleva a pressão sobre Washington e gera fortes reações de Moscovo, que vê a potencial entrega como uma linha vermelha.

A proposta de Zelensky surge num momento em que a Ucrânia procura desesperadamente armamento de longo alcance para alterar o equilíbrio no campo de batalha.

O líder ucraniano acredita que os mísseis Tomahawk, com um alcance de até 1.500 quilómetros, permitiriam atingir alvos estratégicos em território russo, "até à Sibéria", e poderiam "sobressaltar um pouco os russos, levando-os à mesa das negociações".

A oferta de nomear Trump ao Nobel é vista como uma tentativa de apelar ao desejo público do presidente americano de ser reconhecido internacionalmente.

Trump, por sua vez, indicou que já "tomou praticamente uma decisão" sobre o envio dos mísseis, mas sublinhou que quer "saber exatamente como serão utilizados" para evitar uma escalada.

Este tipo de armamento já havia sido solicitado por Kiev durante a presidência de Joe Biden, mas o pedido foi rejeitado. A Rússia reagiu de forma veemente.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, alertou que tal decisão levaria a "uma nova e séria etapa de escalada na crise ucraniana" e causaria "danos irreparáveis às relações russo-americanas". O Kremlin tem reiterado que o fornecimento de armamento de longo alcance a Kiev representa uma ameaça existencial que pode alterar drasticamente o curso do conflito.