Esta campanha de bombardeamentos representa uma escalada estratégica com graves consequências humanitárias e operacionais para Kiev. Nas últimas semanas, Moscovo tem recorrido a uma combinação de drones, mísseis e bombas planadoras para atingir instalações de produção e distribuição de eletricidade e gás em múltiplas regiões ucranianas. A capital, Kiev, bem como as regiões de Odessa, Donetsk, Chernihiv, Zaporíjia e Dnipropetrovsk, sofreram danos significativos, resultando em apagões generalizados e interrupções no fornecimento de serviços essenciais.

O Presidente Volodymyr Zelensky denunciou a escala da ofensiva, afirmando que, numa única semana, "mais de 3.100 'drones', 92 mísseis e cerca de 1.360 bombas planadoras foram utilizados contra a Ucrânia".

A estratégia russa parece ser uma repetição da campanha do inverno de 2024, procurando paralisar a rede elétrica para minar o moral da população e dificultar a produção militar ucraniana.

As autoridades locais enfrentam enormes desafios para reparar os danos.

Vadim Filashkin, chefe da administração militar regional de Donetsk, descreveu a situação como crítica: "De manhã, os russos voltaram a atacar a nossa infraestrutura energética.

Os especialistas já começaram as reparações e fazem o possível para restabelecer o fornecimento.

Mas a magnitude dos danos e o fim das reparações estão por determinar".

Esta ofensiva sistemática sublinha a vulnerabilidade da Ucrânia a ataques aéreos e a necessidade urgente de reforçar as suas defesas, um apelo que tem sido central nos recentes esforços diplomáticos de Kiev.