Esta iniciativa humanitária, conduzida à margem da diplomacia oficial, já resultou na reunificação de oito crianças com as suas famílias.
O canal de diálogo foi iniciado através de uma carta que Melania Trump escreveu a Putin em agosto, entregue pessoalmente pelo seu marido, Donald Trump, durante um encontro no Alasca. Em declarações na Casa Branca, a primeira-dama revelou que Putin respondeu positivamente à missiva e que ambos concordaram em "cooperar para o benefício de todas as pessoas envolvidas nesta guerra". A deportação forçada de menores ucranianos é uma das questões mais sensíveis do conflito, sendo considerada um crime de guerra pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), que emitiu um mandado de detenção contra Putin por esta mesma razão. Organizações não-governamentais e investigações académicas, como a da Universidade de Yale, estimam que dezenas de milhares de crianças foram transferidas ilegalmente para a Rússia ou Bielorrússia, onde são submetidas a um processo de "reeducação" e russificação. A intervenção de Melania Trump representa um esforço diplomático invulgar, focado numa questão puramente humanitária, que procura obter resultados concretos num dos aspetos mais trágicos da guerra, contornando as complexas negociações políticas entre os estados.














