Estas declarações, proferidas durante uma visita a São Petersburgo, visam projetar uma imagem de sucesso militar e domínio no campo de batalha, em contraste com as narrativas ocidentais. Durante uma reunião com o alto comando militar, Putin afirmou que o seu exército avançou e capturou "4.900 quilómetros quadrados e 212 localidades" este ano, acrescentando que a Ucrânia está a recuar ao longo de toda a linha da frente.

O chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov, corroborou esta visão, indicando que as tropas russas "estão a avançar em praticamente todos os setores", com combates particularmente intensos nas direções de Pokrovsk e Dnipropetrovsk, onde Kiev terá enviado as suas reservas estratégicas para tentar travar a ofensiva.

Putin aproveitou ainda para acusar a Ucrânia de, em desespero, atacar "alvos puramente civis em território russo" para demonstrar algum sucesso aos seus "patrocinadores ocidentais". Em contraste com as alegações russas, a Ucrânia divulgou dados através do seu projeto "Eu Quero Viver", que reportam perdas russas de mais de 281 mil militares (mortos, feridos e desaparecidos) nos primeiros oito meses de 2025, elevando o total desde o início da invasão para mais de um milhão. Esta discrepância nos números evidencia a guerra de informação que acompanha o conflito militar.