Esta ofensiva sistemática, que utiliza drones e mísseis, visa debilitar a resiliência do país à medida que as temperaturas descem.

Durante a última semana, várias regiões, incluindo Kiev, Kharkiv, Zaporíjia, Odessa, Dnipropetrovsk e Sumy, foram alvo de bombardeamentos que danificaram centrais termoelétricas, subestações elétricas e redes de distribuição de gás.

Um dos ataques visou diretamente uma central da Naftogaz, a empresa energética estatal ucraniana, sendo a terceira ofensiva contra as suas instalações numa só semana.

Em Kiev, os ataques provocaram incêndios em edifícios residenciais e deixaram "uma parte da capital" sem eletricidade, segundo a empresa de energia DTEK. O presidente da câmara, Vitali Klitschko, confirmou que "infraestruturas críticas" foram atingidas, resultando em mais de uma dezena de feridos. Na região de Zaporíjia, os ataques resultaram na morte de uma criança de sete anos. O Ministério da Energia ucraniano informou que cortes de emergência foram implementados em pelo menos sete regiões devido à "difícil situação no sistema energético".

Em resposta, o Presidente Volodymyr Zelensky apelou aos aliados para que acelerem o envio de sistemas de defesa aérea, como Patriot, NASAMS e SAMP/T, afirmando que são "absolutamente vitais" para proteger as infraestruturas. Num discurso, Zelensky denunciou que "todos os dias, todas as noites, a Rússia ataca as nossas estações [de produção] e linhas de distribuição de eletricidade e as infraestruturas de gás".