A iniciativa surge num contexto de crescente preocupação com a "guerra híbrida" da Rússia contra o continente.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alertou para "um padrão preocupante de ameaças crescentes", citando violações do espaço aéreo na Estónia e avistamentos de drones sobre infraestruturas críticas na Bélgica, Polónia, Roménia, Dinamarca e Alemanha.

Von der Leyen classificou estes incidentes como uma "campanha de zona cinzenta direcionada" e defendeu uma resposta firme, declarando que "se hesitarmos, a zona cinzenta continuará a expandir-se".

A proposta, que será apresentada aos líderes europeus no final do mês, visa construir uma rede de sensores, sistemas de interferência eletrónica e armamento para detetar, rastrear e neutralizar drones hostis em toda a Europa. A ideia inicial, focada no flanco oriental, foi expandida para cobrir todo o território da UE após pedidos de países do sul e oeste.

O Parlamento Europeu também se manifestou, aprovando uma resolução que pede "medidas coordenadas, unidas e proporcionadas contra todas as violações do espaço aéreo".

O Banco Europeu de Investimento (BEI), através da sua presidente Nadia Calviño, já manifestou disponibilidade para apoiar o financiamento de infraestruturas contra drones, dando "especial atenção ao flanco oriental da União e às tecnologias anti-drone".