O secretário-geral, Mark Rutte, afirmou que a Aliança está preparada para responder a quaisquer provocações intencionais de Moscovo. Perante as recentes incursões de drones e aeronaves russas no espaço aéreo de países membros, Mark Rutte rejeitou a ideia de que abater essas aeronaves seja a única forma de dissuasão, mas deixou um aviso claro.

Rutte quis "dizer aos russos que se o tentarem intencionalmente", a NATO tem "tudo pronto para assegurar que vai defender-se".

Esta retórica firme é complementada pela componente militar prática do exercício "Steadfast Noon".

Com sede principal nos Países Baixos e envolvendo 71 aeronaves de 14 países, o exercício simula cenários de utilização de armas nucleares, embora não utilize armamento real.

Segundo a NATO, a manobra é uma atividade de rotina, não dirigida a nenhum país específico e não ligada a eventos atuais, mas serve para garantir que a dissuasão nuclear da Aliança se mantém "o mais fiável, segura e eficaz possível". O coronel norte-americano Daniel Bunch, que lidera as operações nucleares da NATO, reconheceu que as incursões de drones são acompanhadas de perto, mas sublinhou que não representam uma ameaça nova para a Aliança.

A realização do exercício envia um "sinal claro a qualquer adversário em potencial" sobre a capacidade da NATO de proteger todos os seus membros.