Desde a aquisição de armamento avançado ao reforço de abrigos da Guerra Fria, o continente prepara-se para um cenário de segurança mais volátil. A Alemanha anunciou um investimento de 10 mil milhões de euros em drones militares de "todos os tipos e altitudes" e propôs-se a liderar um escudo europeu de defesa aérea.

Além disso, Berlim destacou caças Eurofighter para reforçar a vigilância do espaço aéreo da NATO na Polónia e na Roménia.

Em França, o primeiro-ministro Sébastien Lecornu defendeu como "indispensável" um aumento histórico do orçamento militar para 57,2 mil milhões de euros em 2026, alinhando o país com a meta da NATO de investir 5% do PIB em defesa até 2035. No norte da Europa, a Suécia, em processo de adesão à NATO, está a investir 7,7 milhões de euros na modernização dos seus 64.000 abrigos de guerra subterrâneos e a criar reservas estratégicas de cereais para o caso de crise ou conflito. O governo sueco alertou a população de que "a ameaça de um ataque militar aumentou e já não pode ser descartada". A Dinamarca também anunciou um reforço significativo, com a compra de mais 16 caças F-35 aos EUA, elevando a sua frota para 43, e um investimento de 3,66 mil milhões de euros na sua presença militar no Ártico, uma região de crescente importância estratégica e de tensão com a Rússia.