A controvérsia centra-se na recusa de Madrid em comprometer-se com a nova meta da Aliança de investir 5% do Produto Interno Bruto (PIB) em Defesa.

Numa conferência de imprensa, Trump classificou a Espanha como um "retardatário" ("laggered") e afirmou que "talvez devessem expulsá-los da NATO, francamente".

As críticas surgiram após a cimeira da NATO em junho, onde os aliados concordaram em aumentar gradualmente o investimento em Defesa até 2035.

A Espanha, apesar de assinar a declaração final, informou o secretário-geral de que limitaria os seus gastos a 2,1% do PIB, argumentando que essa verba é suficiente para cumprir as suas capacidades prometidas e que um aumento maior prejudicaria as políticas sociais.

Trump considerou a posição espanhola "incrivelmente desrespeitosa" e ponderou "um castigo comercial, através de tarifas".

O governo espanhol reagiu prontamente, com vários ministros a defenderem a posição do país.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, afirmou que a Espanha é um "parceiro fiável" da NATO, enquanto a ministra da Defesa, Margarita Robles, sublinhou que o país está "firmemente comprometido com a Aliança Atlântica", como demonstram os milhares de militares em missões da organização. Fontes aliadas, citadas pela imprensa, esclareceram que não existem procedimentos para expulsar um Estado-membro, enquadrando as declarações de Trump como uma tática de pressão para aumentar os gastos militares no seio da Aliança.