Durante uma conferência de imprensa na capital ucraniana, Kallas afirmou que Moscovo está a "brincar à guerra" e que "cada vez que um drone viola o nosso espaço aéreo, há um risco de escalada, seja intencional ou não".

A sua visita ocorre num momento crítico, com a aproximação do inverno e a intensificação dos ataques russos às infraestruturas energéticas da Ucrânia.

Na sua agenda, Kallas discutiu o apoio financeiro e militar, a segurança do setor energético e a responsabilização da Rússia pelos seus crimes de guerra. Um dos pontos centrais das conversações foi a proposta da Comissão Europeia de criar um "empréstimo de reparações" para a Ucrânia, financiado com os lucros gerados pelos cerca de 210 mil milhões de euros em ativos russos congelados na UE. A expectativa é que este mecanismo, que poderá ascender a 140 mil milhões de euros, esteja operacional em 2026 para financiar a indústria de defesa e as despesas orçamentais de Kiev.

A visita da ex-primeira-ministra da Estónia, conhecida pela sua postura firme em relação à Rússia, serve para reafirmar o compromisso inequívoco da UE com a Ucrânia e explorar novas formas de garantir um apoio sustentável e eficaz.