O próprio Zelensky sugeriu que a mera ameaça do seu envio já surtiu efeito, declarando: “Já podemos ver que Moscovo está a apressar-se para retomar o diálogo assim que soube dos Tomahawk”.

Por outro lado, a Rússia reagiu de forma veemente.

O diretor do Serviço de Informações Estrangeiro russo, Serguei Naryshkin, classificou o eventual fornecimento como uma “medida hostil” que “aumentará significativamente os riscos de segurança, não apenas na Europa, mas em todo o mundo”.

O Presidente Putin alertou Trump que a medida “prejudicará as relações bilaterais”.

A administração Trump, por sua vez, tem utilizado a questão como um trunfo diplomático.

Embora tenha recusado o pedido de Zelensky para não escalar o conflito, Trump deixou a porta aberta, afirmando que espera “que possamos acabar com a guerra sem ter de pensar nos Tomahawks”.

Esta ambiguidade permite a Washington pressionar Moscovo, mantendo ao mesmo tempo o controlo sobre o nível de envolvimento direto no conflito.