A escolha da Hungria como local do encontro foi prontamente aceite pelo primeiro-ministro Viktor Orbán, que se posicionou como um mediador, descrevendo o seu país como uma "ilha da paz".

Orbán, que mantém relações próximas com ambos os líderes, confirmou que os preparativos para a cimeira estão em andamento.

No entanto, a proposta gerou reações díspares.

O Kremlin, através de porta-vozes como Dmitri Peskov e Sergei Ryabkov, adotou um tom cauteloso, afirmando que, embora a intenção seja alcançar um "acordo pacífico", ainda não há um acordo formal para o encontro, que exige "preparação séria".

Por sua vez, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mostrou-se disposto a participar num formato a três, caso seja convidado, mas expressou ceticismo em relação a Budapeste como local e ao papel de Orbán como mediador, dado o seu historial de bloqueio a medidas de apoio à Ucrânia.

A possibilidade da cimeira gerou forte indignação em várias capitais europeias, com os países bálticos a ameaçarem fechar o seu espaço aéreo a Putin, e a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, a considerar a perspetiva "não boa".