As declarações refletem uma crescente preocupação com a agressividade de Moscovo e a instabilidade no continente.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Fabien Mandon, afirmou perante a Comissão de Defesa da Assembleia Nacional que o exército francês deve “estar pronto para um confronto dentro de três ou quatro anos”.
Segundo Mandon, este embate “pode assumir formas híbridas, mas também pode ser mais violento”.
O general justificou a urgência do “esforço de rearmamento” francês com a perceção de que a Rússia mantém “a perceção de uma Europa coletivamente fraca” e demonstrou “uma desinibição crescente no uso da força”.
Na mesma linha, o chefe do Estado-Maior do Exército, Pierre Schill, declarou que, num mundo onde “as ameaças aumentam, tornam-se mais urgentes e mais radicais”, a França deve “estar preparada para entrar em guerra”. Schill sublinhou que “a ameaça russa na Europa é a maior” e que, para a Europa ser livre, “é preciso ser temido. E para ser temido, é preciso ser forte.” Estes alertas coincidem com avaliações dos serviços secretos alemães e reforçam a pressão para um aumento significativo do investimento em defesa em toda a Europa, como resposta direta à postura do Kremlin.













