A Ucrânia intensificou a sua campanha de ataques com drones de longo alcance contra a infraestrutura energética da Rússia. A ofensiva visa reduzir a capacidade de refinação russa, afetar as suas receitas de exportação e perturbar o abastecimento de combustível para o esforço de guerra. Um dos ataques mais recentes atingiu a refinaria de petróleo Rosneft Ryazan (RNPZ), a quarta maior da Rússia, situada a cerca de 450 quilómetros da fronteira ucraniana, provocando um incêndio de grande escala. Este foi o quarto ataque a esta instalação nos últimos três meses, evidenciando um padrão de ofensiva sustentada.
Desde o final de julho, Kiev tem lançado ataques quase diários contra refinarias e infraestruturas energéticas em território russo, utilizando drones desenvolvidos internamente. Dados compilados indicam que mais de 20 refinarias russas foram atingidas desde agosto, resultando numa redução de aproximadamente 20% da capacidade total de refinação do país.
Numa única noite, a Rússia afirmou ter abatido 139 drones ucranianos sobre várias regiões, no que foi descrito como o maior ataque em duas semanas.
O impacto desta campanha já é sentido internamente na Rússia, com relatos de escassez e racionamento de combustíveis em regiões como Irkutsk e Buriácia. Enquanto Moscovo tenta minimizar os danos, confirmando apenas “incêndios devido à queda de destroços de drones”, a Ucrânia reivindica os ataques como um elemento central da sua estratégia de guerra energética, que decorre em paralelo com o conflito militar.
Em resumoA campanha estratégica da Ucrânia contra o setor energético russo está a causar disrupções económicas tangíveis. Através de ataques persistentes com drones a refinarias, Kiev conseguiu diminuir a capacidade de produção de combustível da Rússia, afetando tanto o seu mercado interno como a sua máquina de guerra.