O Presidente Vladimir Putin supervisionou pessoalmente os exercícios de rotina das forças nucleares estratégicas da Rússia. As manobras, que envolveram a tríade nuclear completa do país, ocorreram num momento de elevada tensão, após o cancelamento de uma cimeira com os EUA e a imposição de novas sanções ocidentais. Numa videoconferência a partir do Kremlin, Putin ordenou o início das manobras, que, segundo ele, eram “de rotina”. Os exercícios incluíram o lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM) Yars a partir do Cosmódromo de Plesetsk, com um alvo na península de Kamchatka, a mais de 6.000 quilómetros de distância. Adicionalmente, um submarino nuclear no Mar de Barents lançou um míssil balístico Sineva, e bombardeiros estratégicos Tu-95MS dispararam mísseis de cruzeiro.
O Kremlin declarou que “todos os objetivos das manobras foram alcançados” e que estas serviram para testar “o procedimento para autorizar a utilização de armas nucleares”.
O momento escolhido para os exercícios foi interpretado como uma demonstração de força, ocorrendo um dia após o cancelamento da cimeira com Donald Trump e coincidindo com o final do exercício nuclear anual da NATO, denominado “Steadfast Noon”. Esta demonstração de capacidade nuclear é vista como uma mensagem de dissuasão de Moscovo para o Ocidente, num contexto de crescente pressão económica e diplomática sobre a Rússia.
Em resumoA Rússia realizou exercícios nucleares em larga escala sob a supervisão direta de Vladimir Putin, testando a sua tríade nuclear. A manobra, descrita como de rotina, é vista como uma clara demonstração de força e dissuasão estratégica dirigida ao Ocidente, em resposta ao aumento das sanções e ao colapso das recentes iniciativas diplomáticas.