A Rússia intensificou os seus ataques aéreos contra as infraestruturas energéticas da Ucrânia, provocando cortes de energia em várias regiões e aumentando os receios de uma crise humanitária com a aproximação do inverno. Os ataques, realizados com um grande número de drones e mísseis, visaram especificamente centrais de produção e distribuição de eletricidade e instalações de gás. Durante a última semana, ataques noturnos de larga escala atingiram pelo menos dez regiões ucranianas, causando a morte de civis e deixando centenas de milhares de pessoas sem eletricidade, água ou gás. Na região de Chernihiv, no norte do país, um ataque com mais de 50 drones e dois mísseis balísticos danificou uma central termoelétrica, resultando em cortes de energia generalizados.
Em Poltava, foram atingidas infraestruturas da indústria de petróleo e gás da empresa estatal Naftogaz.
O presidente Volodymyr Zelensky confirmou que os ataques visam deliberadamente o setor energético, uma estratégia que a Rússia tem empregado para sobrecarregar as defesas aéreas e criar dificuldades para a população civil.
A ministra da Energia ucraniana, Svitlana Grinchuk, classificou a ofensiva como “massiva”.
Em resposta, a Noruega anunciou um terceiro pacote de apoio energético à Ucrânia este ano, no valor de cerca de 150 milhões de euros, para a compra de gás.
A Ucrânia, por sua vez, prometeu retaliar com ataques semelhantes a infraestruturas críticas russas.