Segundo as autoridades russas, o míssil tem um “alcance ilimitado” e sobrevoou 14.000 quilómetros durante 15 horas no seu último teste, demonstrando capacidade para superar praticamente todos os sistemas de interceção.

O desenvolvimento desta arma foi uma resposta russa à decisão dos EUA de abandonar o tratado antimísseis em 2001.

O presidente norte-americano, Donald Trump, reagiu ao anúncio, considerando o teste “inoportuno” e “inadequado”, instando Putin a focar-se em “pôr fim à guerra” na Ucrânia.

A escalada nuclear não se ficou por aqui.

Putin promulgou também a lei que denuncia definitivamente o Acordo de Gestão e Processamento de Plutónio, assinado em 2000 com os EUA. Este pacto, considerado um pilar da cooperação nuclear pós-Guerra Fria, comprometia ambos os países a eliminar 34 toneladas de plutónio, material suficiente para cerca de 17 mil ogivas. O seu término formaliza o colapso de mais uma estrutura de controlo de armamento entre as duas potências.