As autoridades lituanas consideram os incidentes uma forma de “agressão híbrida” por parte do regime bielorrusso, um aliado próximo da Rússia. Durante várias noites consecutivas, a presença de balões provenientes da Bielorrússia no espaço aéreo lituano forçou a suspensão de todas as operações de voo nos dois maiores aeroportos do país, causando cancelamentos e desvios.
Embora os balões sejam alegadamente utilizados para o contrabando de cigarros, as autoridades lituanas, incluindo a primeira-ministra Inga Ruginiene, encaram a situação como uma ameaça à segurança nacional. A Comissão de Segurança Nacional reuniu-se de emergência e o governo decidiu prolongar o encerramento da fronteira, que inicialmente seria de 24 horas, por tempo indeterminado, com exceções para diplomatas e cidadãos da UE a regressar. A líder da oposição bielorrussa no exílio, Svetlana Tsikhanouskaya, apoiou a medida, afirmando que os incidentes são “mais um sinal de que o regime está a usar o contrabando de cigarros como uma ferramenta de agressão híbrida contra a Europa” e que o encerramento das fronteiras é “um passo lógico para proteger a segurança”.
A tensão aumenta num contexto já volátil, com a Lituânia, membro da UE e da NATO, a acusar também a Rússia de violação do seu espaço aéreo dias antes destes incidentes.














