O míssil Burevestnik, segundo o chefe do Estado-Maior russo, Valeri Guerasimov, terá percorrido 14.000 quilómetros num voo de 15 horas, enquanto o drone Poseidon foi descrito como incomparável em velocidade e profundidade.

A justificação do Kremlin para esta demonstração de força foi a “histeria militarista” e os “sentimentos antir russos” na Europa.

A reação ocidental foi imediata e crítica.

Donald Trump classificou os testes russos como “inapropriados” e instou Putin a “pôr fim à guerra na Ucrânia”.

Na rede social Truth Social, Trump declarou: “Devido aos programas de testes realizados por outros países, solicitei ao Departamento de Guerra que comece a testar as nossas armas nucleares em pé de igualdade.

Este processo terá início imediato”.

A União Europeia, através da sua porta-voz para os Assuntos Externos, Annita Hipper, condenou as manobras russas, afirmando que “não é um passo na direção certa” e que as ações de Moscovo intensificam o conflito. A porta-voz rejeitou comparações com o anúncio de Trump, sublinhando que os EUA não realizam testes com munições reais há décadas. A escalada foi ainda marcada pela promulgação, por parte de Putin, de uma lei que rompe o acordo de 2000 com os EUA sobre o reprocessamento de plutónio, um pilar da cooperação nuclear pós-Guerra Fria, sinalizando o colapso das estruturas de controlo de armamento.