As medidas têm como alvo as gigantes petrolíferas Rosneft e Lukoil e, pela primeira vez de forma abrangente, o setor do gás natural liquefeito (GNL) da Rússia. A administração Trump anunciou sanções que congelam todos os ativos da Rosneft e da Lukoil em território norte-americano e proíbem qualquer negócio com empresas dos EUA, justificando a medida com a “falta de um compromisso sério por parte da Rússia com um processo de paz”. Pouco depois, a UE aprovou o seu 19.º pacote de sanções, que inclui a suspensão total das importações de GNL russo até ao final de 2026, um ano antes do previsto. Este pacote visa também a chamada “frota fantasma” de petroleiros usada por Moscovo para contornar restrições, adicionando 117 navios à lista de sanções, e penaliza empresas na China e na Índia acusadas de ajudar a Rússia. A Hungria, fortemente dependente da energia russa, reagiu de imediato, com o primeiro-ministro Viktor Orbán a anunciar que irá procurar formas de “contornar” as sanções e que planeia reunir-se com Donald Trump para discutir uma isenção. A Alemanha, por sua vez, recebeu garantias de Washington de que as subsidiárias alemãs da Rosneft, sob tutela de Berlim, não serão afetadas.
O Kremlin desvalorizou o impacto das medidas, com o porta-voz Dmitri Peskov a afirmar que a Rússia fará “o que for melhor” para os seus interesses, enquanto Putin as classificou como um “ato hostil” mas sem prever um “impacto significativo” na economia.














