Num desenvolvimento diplomático significativo, o Presidente Volodymyr Zelensky anunciou que conselheiros ucranianos e da União Europeia se reunirão nos próximos dias para debater um plano detalhado para pôr fim à guerra. Este plano, segundo Zelensky, terá como ponto de partida um cessar-fogo e servirá de base para as subsequentes medidas diplomáticas. O anúncio surge num contexto de renovado impulso para uma solução negociada, influenciado pela proposta do presidente norte-americano de interromper o conflito nas atuais linhas de contacto. Zelensky sublinhou que, após um cessar-fogo, “será muito difícil para a Rússia retomar a agressão, se existirem garantias de segurança sólidas” para a Ucrânia.
Em contraste com a abordagem cautelosa de Kiev, um enviado russo, Kirill Dmitriev, manifestou um otimismo surpreendente durante uma visita aos EUA. Em entrevista à CNN, Dmitriev afirmou que a Rússia, os EUA e a Ucrânia estão “muito próximos de uma solução diplomática”, considerando um “grande progresso” o facto de Zelensky reconhecer que as negociações se centram agora nas “linhas de batalha”. Esta movimentação diplomática ocorre após o adiamento de uma cimeira planeada entre Donald Trump e Vladimir Putin em Budapeste.
Apesar da abertura para o diálogo, Zelensky reiterou a sua posição de que a Ucrânia não cederá território para alcançar a paz.
Em resumoA Ucrânia e os seus parceiros europeus estão a formalizar uma proposta de paz baseada num cessar-fogo, enquanto sinais contraditórios emergem de Moscovo e Washington. Embora haja uma aparente abertura para o diálogo, as condições para uma paz duradoura permanecem complexas e a desconfiança entre as partes continua a ser um grande obstáculo.