O Pentágono deu "luz verde" ao envio de mísseis de cruzeiro Tomahawk de longo alcance para a Ucrânia, uma medida que representa uma potencial escalada significativa no conflito e cuja decisão final cabe agora ao Presidente dos EUA, Donald Trump. A autorização do Departamento de Defesa norte-americano surge após uma avaliação interna que concluiu que a transferência dos mísseis não afetaria negativamente as reservas militares estratégicas dos Estados Unidos. Os mísseis Tomahawk, com um alcance que pode chegar até Moscovo, dariam a Kiev uma capacidade de ataque em profundidade sem precedentes, alterando o equilíbrio estratégico no campo de batalha. No entanto, a decisão final está envolta em incerteza, dado que o Presidente Trump afirmou, no mês passado, que "preferia não fornecer os mísseis à Ucrânia".
Analistas, como o professor José Palmeira, consideram que a medida poderá não garantir uma "vantagem estratégica" a Kiev, mas "pode garantir mais equilíbrio" face ao poderio militar russo.
A potencial entrega destes mísseis é vista como um passo crucial para aumentar a capacidade de fogo de longo alcance da Ucrânia, algo que o chefe da diplomacia ucraniana, Andrii Sybiha, considera essencial para persuadir Moscovo a negociar o fim do conflito.
A Rússia já classificou a eventual cedência dos Tomahawk como uma "escalada perigosa", elevando a tensão enquanto o mundo aguarda a palavra final da Casa Branca.
Em resumoA autorização do Pentágono para o envio de mísseis Tomahawk coloca a administração Trump perante uma decisão crítica. Se aprovada, a medida reforçaria significativamente a capacidade ofensiva da Ucrânia, mas arriscaria uma forte reação de Moscovo, marcando um novo e perigoso capítulo na guerra.