O Presidente Vladimir Putin descreveu o Burevestnik como uma arma "única no mundo" com "alcance ilimitado", capaz de permanecer no ar por 15 horas e percorrer 14.000 quilómetros.

Já o drone Poseidon, apelidado de "torpedo do juízo final", foi testado com sucesso e é, segundo Moscovo, capaz de desencadear "tsunamis radioativos" e superar qualquer sistema de defesa.

O Kremlin justificou estes testes como uma resposta à "histeria militarista" na Europa.

A escalada não se limitou a testes.

Autoridades ucranianas confirmaram que a Rússia utilizou o míssil de cruzeiro 9M729, lançado do solo, pelo menos 23 vezes desde agosto. O desenvolvimento secreto deste míssil foi a razão pela qual a administração Trump retirou os EUA do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) em 2019, que proibia mísseis com alcance entre 500 e 5.500 quilómetros.

O uso desta arma em território europeu é visto como uma ameaça direta à segurança da NATO e uma demonstração do "desrespeito de Vladimir Putin pelos EUA", segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano.