Esta manobra diplomática visa criar um bloco de oposição às políticas de apoio a Kiev e ameaça minar a coesão da UE.
Balázs Orbán, diretor político do primeiro-ministro húngaro, confirmou ao 'POLITICO' que a intenção é alinhar posições com os governos de Andrej Babis e Robert Fico antes das cimeiras europeias, replicando a estratégia do Grupo de Visegrado durante a crise migratória.
Esta iniciativa surge num momento em que a Hungria se opõe abertamente às sanções ocidentais contra a Rússia.
Viktor Orbán criticou publicamente as recentes sanções impostas pela administração Trump às petrolíferas russas, considerando-as um "erro".
Anunciou ainda que visitará Washington na próxima semana para discutir o assunto diretamente com o Presidente dos EUA, com o objetivo de obter uma isenção para a Hungria, dada a sua elevada dependência energética do petróleo e gás russos.
A retórica do líder húngaro tem-se tornado cada vez mais dissonante da maioria dos seus parceiros europeus, chegando a afirmar que "qualquer pessoa que apoie a Ucrânia está a apoiar a guerra".
Esta postura isolacionista e as tentativas de criar um bloco interno de oposição representam um desafio significativo à unidade da UE na sua resposta à agressão russa.














