A escalada retórica gerou preocupação internacional, com o Presidente da Finlândia a declarar o início de "uma nova era nuclear". O Kremlin intensificou a sua retórica nuclear ao anunciar testes bem-sucedidos de dois sistemas de armamento estratégico: o míssil de cruzeiro de propulsão nuclear Burevestnik, com "alcance ilimitado", e o drone submarino Poseidon, também de propulsão nuclear e capaz de transportar ogivas atómicas.

Vladimir Putin descreveu o Poseidon como um "sistema promissor" sem análogos no mundo e condecorou os seus criadores.

A resposta dos Estados Unidos foi imediata.

Na sua plataforma Truth Social, o Presidente Donald Trump declarou ter solicitado ao Pentágono que "comece a testar as nossas armas nucleares em pé de igualdade", justificando a decisão com os programas de testes da Rússia e da China. A Casa Branca esclareceu que os testes não incluiriam "explosões nucleares". A União Europeia condenou as ações de Moscovo, afirmando que "este não é um passo na direção certa", mas distinguiu a situação da resposta americana, notando que os EUA não realizam testes com munições reais há décadas. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, manifestou a sua oposição, afirmando que os testes nucleares "nunca podem ser permitidos em nenhuma circunstância". O Presidente da Finlândia, Alexander Stubb, resumiu o sentimento de alarme global ao afirmar que o mundo entrou "numa nova era nuclear em que, infelizmente, o papel das armas nucleares tem vindo a aumentar".