A Ucrânia prosseguiu com a sua estratégia de ataques de longo alcance, lançando uma vasta ofensiva com drones contra múltiplas regiões russas e a Crimeia anexada, visando principalmente infraestruturas energéticas para perturbar a economia de guerra do Kremlin. Numa das noites mais intensas, o Ministério da Defesa russo reportou a interceção de 81 drones ucranianos sobre dez regiões do país. Os ataques concentraram-se em regiões fronteiriças como Rostov, onde 36 drones foram abatidos, Briansk e Kursk, mas também atingiram alvos a centenas de quilómetros da fronteira, como as regiões de Volgogrado, Saratov, Smolensk e até perto de Moscovo. O principal objetivo desta campanha é, segundo analistas, dificultar o abastecimento de combustível ao exército russo e reduzir a capacidade de exportação de petróleo e seus derivados, uma das principais fontes de receita de Moscovo. Andriy Kovalenko, do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia, confirmou ataques “bem-sucedidos”, mencionando especificamente uma “noite difícil” para uma central elétrica na região de Kostroma e um incêndio numa refinaria da Lukoil em Volgogrado.
Esta tática representa uma resposta simétrica aos ataques russos contra a rede elétrica ucraniana.
Ao visar a infraestrutura energética russa, Kiev procura não só infligir custos económicos diretos, mas também demonstrar a sua capacidade de projetar força no interior do território inimigo, desafiando as defesas aéreas russas e criando um impacto psicológico.
Em resumoA campanha de drones da Ucrânia contra o território russo continua a visar estrategicamente o setor energético do país. Os ataques a refinarias e centrais elétricas têm como objetivo minar a capacidade económica e militar da Rússia, constituindo uma resposta direta e simétrica à ofensiva de Moscovo contra as infraestruturas críticas ucranianas.