O chanceler alemão, Friedrich Merz, declarou que “a ameaça russa é real” e que a Alemanha “não tem tempo a perder”.
Numa mudança significativa da política de defesa do pós-Guerra Fria, Merz expressou o desejo de fazer do exército alemão “o maior exército convencional da União Europeia”. Esta visão é apoiada por planos concretos de aumento do orçamento da defesa, que deverá atingir 3,5% do PIB até 2029. O ministro da Defesa, Boris Pistorius, reforçou a urgência, afirmando que a Rússia está a armar-se para outra guerra e que a possibilidade de um ataque a outro país europeu não é um “cenário abstrato”.
A única forma de garantir a paz, segundo Pistorius, é através de uma “dissuasão credível”.
Esta nova postura defensiva é acompanhada por um aumento substancial da ajuda militar a Kiev.
A Alemanha planeia adicionar mais três mil milhões de euros em ajuda militar à Ucrânia em 2026, elevando o apoio total para cerca de 11,5 mil milhões de euros nesse ano.
O tenente-general Alexander Sollfrank, comandante operacional das Forças Armadas alemãs, chegou a advertir que a Rússia poderá estar em condições de lançar um ataque limitado contra território da NATO “tão cedo como amanhã”.
Estes desenvolvimentos marcam uma viragem histórica na política de segurança alemã, impulsionada diretamente pela agressão russa na Ucrânia.














