Além disso, foram avistados drones a sobrevoar bases militares belgas, incluindo a de Kleine-Brogel, onde se suspeita estarem armazenadas armas nucleares dos EUA.

O ministro da Defesa belga, Theo Francken, sugeriu que estes voos poderiam ser tentativas de “espionagem por parte da Rússia”, embora tenha admitido a falta de “informações concretas”.

Em resposta a estas ameaças híbridas, a Polónia e a Roménia estão a instalar o sistema americano de defesa anti-drone “Merops”.

Este sistema modular utiliza inteligência artificial para detetar, identificar e neutralizar drones a um custo muito inferior ao da mobilização de caças. O coronel Mark McLellan, do Comando Terrestre Aliado da NATO, destacou a eficiência do sistema, afirmando que “é muito mais barato do que fazer descolar um caça F-35 para abatê-los com um míssil”. A Polónia, sentindo a urgência da ameaça, anunciou que irá avançar com o seu próprio sistema nacional anti-drones, sem esperar pela iniciativa europeia do “muro de drones”, que só deverá estar operacional em 2027.

Estas medidas refletem uma crescente consciencialização na Europa sobre a necessidade de se proteger contra a guerra híbrida e a espionagem.