No entanto, a candidatura de Kiev continua refém do veto da Hungria, que se tornou o principal obstáculo político ao processo. No seu mais recente relatório de alargamento, a Comissão Europeia elogiou os “progressos impressionantes” da Ucrânia e da Moldova, destacando que ambos os países concluíram a análise do acervo comunitário a uma “velocidade recorde”, mesmo em tempo de guerra.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, celebrou o relatório como um “sinal muito positivo”, afirmando que o seu país está “pronto para avançar”.
A UE espera abrir todos os capítulos de negociação com ambos os países ainda este ano.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, sublinhou que o alargamento é uma prioridade “urgente e necessária” no atual contexto geopolítico.
Contudo, a unanimidade necessária para avançar com as negociações formais está ameaçada pela oposição da Hungria.
O primeiro-ministro Viktor Orbán tem bloqueado o processo, levando Zelensky a apelar diretamente para que Budapeste “pelo menos, não nos bloqueasse”.
Durante a Cimeira do Alargamento da Euronews, vários líderes europeus juntaram-se ao apelo, descrevendo o veto como um “apoio específico” a Vladimir Putin.
A situação evidencia a complexa dinâmica do alargamento, onde o mérito técnico das reformas se choca com os interesses políticos e as divisões internas do bloco.














