A resistência ucraniana continua, apesar dos avanços russos e da situação precária no terreno.
A Rússia mobilizou um contingente significativo, estimado em cerca de 150 mil soldados, para o eixo de Pokrovsk, empregando uma tática de infiltração com pequenos grupos para penetrar nas defesas da cidade. As autoridades ucranianas admitiram a entrada de aproximadamente 300 soldados russos na zona sul da cidade, aproveitando-se de condições meteorológicas adversas. O objetivo russo, segundo Kyiv, é cercar a cidade pelo norte, sul e leste, estrangulando as linhas de abastecimento.
Apesar da pressão, as forças ucranianas afirmam estar a resistir e a infligir pesadas baixas aos russos, reportando 162 mortos e 39 feridos do lado russo desde o início de novembro. O chefe de Estado-Maior ucraniano, Oleksandr Syrskyi, rejeitou as alegações russas de que a cidade teria caído, afirmando que um contra-ataque ucraniano em setembro custou aos invasores "cerca de 13.000" baixas.
No entanto, a situação continua crítica, com analistas a considerarem que a Ucrânia está "a travar uma onda que não é travável" e que a retirada das suas forças é "quase inevitável". A estratégia ucraniana parece ser a de prolongar a defesa o máximo possível para esgotar o ímpeto da ofensiva russa, mesmo que isso signifique sacrificar vidas para um "efeito que é nulo", como descreveu um analista.














