A Rússia lançou uma vasta campanha de recrutamento de reservistas em 19 regiões para proteger infraestruturas críticas contra os crescentes ataques de drones ucranianos. Esta medida, enquadrada por uma nova lei promulgada pelo Presidente Vladimir Putin a 4 de novembro, visa reforçar as defesas internas sem declarar oficialmente uma mobilização de guerra. A nova legislação permite o uso de reservistas tanto em tempo de paz como em tempo de guerra, e o principal objetivo declarado é "combater e derrubar drones ucranianos que ameacem ativos importantes do Estado russo". A campanha de recrutamento já está em vigor em regiões como São Petersburgo, Leningrado e várias outras entidades federais ocidentais e na Sibéria, embora ainda não tenha sido aplicada em Moscovo.
Os reservistas mobilizados receberão o estatuto de militares, com salários que variam entre 400 euros para soldados e 1.000 euros para oficiais, além de bonificações.
Segundo o Ministério da Defesa russo, estes homens serão destacados apenas para tarefas defensivas nas suas regiões de origem.
Contudo, a lei permite que as autoridades os mobilizem para a frente de combate, se necessário. Esta iniciativa surge como uma resposta direta à eficácia da campanha de drones da Ucrânia, que tem atingido repetidamente refinarias e centrais energéticas, forçando a Rússia a tomar medidas para proteger os seus ativos estratégicos.
Em resumoA mobilização de reservistas para defesa interna evidencia o impacto significativo que os ataques de drones ucranianos estão a ter na Rússia. A medida permite a Moscovo reforçar a segurança de infraestruturas vitais, ao mesmo tempo que cria uma reserva de pessoal que pode, eventualmente, ser enviada para a frente de batalha, refletindo uma adaptação estratégica às realidades do conflito.