O chanceler Friedrich Merz afirmou que a Alemanha "não tem tempo a perder", descrevendo a ameaça russa como uma realidade diária que inclui "sabotagens, espionagem, ciberataques, voos de 'drones'" em território alemão. Em linha com esta visão, o ministro da Defesa, Boris Pistorius, reforçou que a Rússia está a armar-se para outra guerra e que um ataque a outro país europeu não é um "cenário abstrato". O tenente-general Alexander Sollfrank foi ainda mais longe, alertando que a Rússia poderá estar em condições de lançar um ataque regional contra território da NATO "tão cedo como amanhã".

Para concretizar este rearmamento, a Alemanha planeia aumentar a despesa militar para 3,5% do seu PIB até 2029, superando a meta de 2% da NATO.

O governo já avançou com uma revisão constitucional que permite um maior endividamento para investir na Defesa, sinalizando uma transformação profunda na sua política de segurança, historicamente contida desde o fim da Segunda Guerra Mundial.