A iniciativa visa reforçar as capacidades estratégicas da UE face a um "complicado panorama geopolítico e geoeconómico" agravado pela guerra da Rússia na Ucrânia e pela crescente pressão da China.
A nova unidade, que fará parte do secretariado-geral da Comissão, pretende contratar funcionários das agências de inteligência dos 27 Estados-membros para melhorar a recolha e utilização de informações. A medida surge num contexto de reavaliação da segurança interna do bloco, impulsionada pela invasão russa e pelos avisos do Presidente dos EUA, Donald Trump, de uma redução do apoio militar americano à Europa.
No entanto, o plano enfrenta resistência interna.
Altos funcionários do Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE) temem uma sobreposição de funções com o já existente Centro de Análise de Inteligência da UE (EU INTCEN). Em resposta, a Comissão garante que a nova célula será "uma iniciativa complementar" e "uma unidade pequena", com apenas "dezenas de pessoas", que cooperará estreitamente com as estruturas existentes. O projeto ainda não foi formalmente apresentado aos governos nacionais, que tradicionalmente resistem a transferir competências de espionagem para o nível comunitário, uma área considerada de soberania nacional.














