As forças russas intensificaram a sua ofensiva no leste da Ucrânia, registando avanços significativos em torno da cidade estratégica de Pokrovsk e na região de Zaporizhzhia. A deterioração da situação no terreno levou a retiradas táticas ucranianas e à evacuação de civis, sublinhando a crescente pressão sobre as linhas de defesa de Kiev. Na região de Donetsk, a batalha por Pokrovsk, considerada a "porta de entrada" para a província, intensificou-se drasticamente. Fontes ucranianas admitiram que mais de 300 soldados russos conseguiram entrar na cidade, aproveitando condições meteorológicas adversas como nevoeiro e chuva, que dificultam a deteção por drones.
Vídeos divulgados por fontes pró-russas mostram tropas a avançar em motas e veículos civis danificados, num cenário descrito como "pós-apocalíptico".
O comandante-em-chefe ucraniano, Oleksandr Sirsky, afirmou que as suas tropas continuam a combater dentro da cidade, mas a situação é descrita como "difícil".
Em Zaporizhzhia, a pressão russa também se acentuou, levando as forças ucranianas a recuar de várias localidades, incluindo o distrito de Rivnopilia.
O comando ucraniano justificou a retirada como uma medida para "proteger a vida do pessoal" e transferir as tropas para "posições mais vantajosas".
Moscovo reivindicou a captura de três povoações na região durante combates intensos, evidenciando o seu esforço para ganhar terreno enquanto a atenção internacional se concentra em Pokrovsk.
Em resumoOs ganhos da Rússia em Pokrovsk e Zaporizhzhia demonstram um renovado ímpeto ofensivo, explorando o clima e a superioridade numérica para forçar as tropas ucranianas a recuos defensivos, o que levanta preocupações sobre a estabilidade da frente oriental.