O primeiro-ministro Viktor Orbán classificou a medida como "manifestamente ilegal e contrária aos valores europeus".
A decisão de recorrer para o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) foi justificada por Orbán como uma resposta a uma medida "escolhida por Bruxelas para silenciar um Governo que não concorda com ela".
A UE aprovou em outubro o princípio da proibição das importações de gás natural russo, com a Hungria e a Eslováquia a oporem-se.
Sendo fortemente dependente dos combustíveis fósseis russos, a Hungria tem consistentemente procurado isenções e ameaçado vetar sanções desde o início da invasão em 2022.
Orbán, considerado um aliado de Moscovo dentro do bloco, argumentou que a decisão da UE não é uma sanção, que exigiria unanimidade, mas sim uma "medida de política comercial", que pode ser aprovada por maioria.
Para além da via legal, o primeiro-ministro húngaro afirmou estar a procurar "outros meios, não jurídicos, para dissuadir Bruxelas", sem, no entanto, fornecer detalhes.
Esta ação judicial aprofunda as divisões dentro da UE sobre a estratégia a adotar em relação à Rússia, com Budapeste a priorizar a sua segurança energética e a manter uma postura dissonante face à maioria dos Estados-membros.














